por Janaina Pereira, do Rio de Janeiro

A entrega do Troféu Redentor  encerrou nesta terça, 18, o Festival do Rio. Os filmes, exibidos ao longo da Premiere Brasil, foram votados pelo público e pelo júri composto por Roberto Farias(presidente), Adriana Falcão Aluizio Abranches, Pandora da Cunha Teles eVanessa Ragone. O grande vencedor foi A hora e a vez de Augusto Matraga, de Vinicius Coimbra,como o melhor filme; As Canções, de Eduardo Coutinho, como melhor documentário (osdois filmes também ganharam o prêmio do voto popular) e Qual Queijo você quer?,de Cíntia Domit Bittar, como melhor curta-metragem.

O Redentor de melhor direção foipara Karin Aïnuz pelo elogiado Abismo Prateado; João Miguel (Ahora e a vez de Augusto Matraga) foi o melhor ator, Camila Pitanga (Eu Receberia AsPiores Notícias Dos Seus Lindos Lábios) ganhou como melhor atriz; Maria Luzia Mendonça (Amanhã Nunca Mais) levou o prêmio de melhor atrizcoadjuvante eJosé Wilker (A hora e a vez de Augusto Matraga) foi o melhor atorcoadjuvante.

Odilon Rocha ganhou o Redentor demelhor roteiro por A novela das 8; Maurício Pinheiro Jr ganhou o prêmio demelhor fotografia por Sudoeste e a melhor montagem foi para Joana Berg porMarcelo Yuka no Caminho das Setas. O júri ainda concedeu prêmios especiais para Sudoeste, de Eduardo Nunes, e Chico Anysio, por sua atuação em A hora e a vezde Augusto Matraga.

Mesmo encerrada a parte competitiva, o Festival do Rio ainda não acabou  para o público. Até quinta-feira, dia 20, estão sendo exibidos diversos filmes, e alguns nem tiveram sessão anterior no festival. Um deles é o esperado documentário do diretor americano Martin Scorsese, George Harrison: Living in the Material World,  que será exibido pela primeira vez no Brasil nesta quarta-feira, no  Cine Odeon Petrobras. O filme conta a trajetória do ex-beatle, falecido  em 2001.

E de sexta-feira (21) ao dia 27 será realizada a chamada  “repescagem”, com uma seleção de 65 filmes que passearam pelas telas cariocas ao longo do Festival do Rio. Entre esses filmes estão  vários que não terão carreira comercial nos cinemas do país, portanto é uma boa oportunidade de conferir estas produções.

 

por Janaina Pereira, do Rio de Janeiro

 

A estratégia de encerrar o Festival do Rio dois dias antes do ‘fim tradicional’ – os filmes continuarão sendo exibidos até quinta, dia 20, mas oficialmente o festival acaba nesta terça, dia 18 – pode ser para não ‘atropelar’ a Mostra de São Paulo, que começa na quinta-feira. Independente disso, o Fest Rio decidiu deixar a noite de terça para a entrega do Troféu Rendentor e exibir o filme de encerramento nesta segunda. O escolhido é Raul, o início, o fim e o meio, de Walter Carvalho.

Vinte e dois anos após a morte do ícone Raul Seixas, Carvalho reuniu imagens de arquivo com entrevistas exclusivas daqueles que conviveram de mais perto com a mitológica figura, incluindo franca entrevista com Paulo Coelho, que esmiúça a frutífera parceria entre escritor e compositor que incendiou os anos 1970. Carvalho também investiga a controversa relação de Raul, mais ao final da vida, com o músico Marcelo Nova, que divide opiniões dos entrevistados do filme.

Para quem ainda espera pela chegada de alguns títulos no Festival, a boa notícia é que A Separação, de Asghar Farhadi, vencedor do Urso de Ouro em Berlim este ano, já teve sua cópia liberada e começa a ser exibido nesta terça-feira.

por Janaina Pereira, do Rio de Janeiro

O Momento Itália Brasil , que acontece este ano no País, fizeram com que a programação da 13ª edição do Festival do Rio ganhasse uma mostra especialmente dedicada aos filmes italianos, o Foco Itália, com um panorama dos mais expressivos filmes recentes produzidos por lá. Um dos destaques é Aqui é o meu lugar, de Paolo Sorrentino, exibido em competição este ano em Cannes e que traz Sean Penn como protagonista.

O filme mostra um ex-cantor de sucesso (Penn, com visual a la Robert Smith) que deixa Dublim, onde mora, para ir ao velório do pai – com quemnão fala há 30 anos – em Nova York. O músico acaba descobrindo que o pai estavaem busca do homem que supostamente o torturou na época da guerra, e sai pelomundo atrás do torturador.

A cópia de Aqui é o meu lugar chegou hoje ao Rio e o longa começará a ser exibido para o público nesta segunda. A dica do Festival do Rio para este domingo é Red State, crítica mordaz de Kevin Smith à sociedade americana.

Por Janaina Pereira, do Rio de Janeiro

 

Enquanto Williem Dafoe saboreia a feijoada tradicional do Festival do Rio neste sábado, chega o anúncio de que um de seus filmes, 4:44 Last Day on the Earth, não será mais exbido. A cópia do longa, que concorreu ao Leão de Ouro este ano em Veneza, chegou ao Rio com problemas e sem condições de exibção para o público. Com isso, a vinda do diretor do filme, Abel Ferrara, também foi cancelada.

Enquanto isso as já tradicionais homenagens do Festival continuam, com exibição de mostras de Bela Tarr e Patricio Guzman, que está na cidade. Mas o destaque do dia na programação é o longa nacional O Palhaço, de Selton Mello, que tem exibição de gala esta noite no Odeon.

por Janaina Pereira, do Rio de Janeiro

 

Desde sua criação, o Festival do Riopresta homenagem a pessoas que contribuíram para a evoluçãocinematográfica. Este ano, um dos homenageados é o cineasta italiano DarioArgento, mestre do terror moderno. Ele ganhou uma mostra dedicada à sua obra – Dario Argento e seu mundo de horror, com curadoria de Mario Abbade, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). Argento está no Rio e participou de uma sessão no CCBB para falar sobre seu trabalho.

Para quem gosta de filmes de terror, a mostra é imperdível. Entre os sucessos de Argento estão em cartaz Suspiria, A Mansão doInferno, O Retorno da Maldição e Phenomena. E a boa notícia é que o diretor de 71 anos continua na ativa: seu atual projeto é a refilmagem de Drácula, só que em 3D.

Um dos filmes mais procurados pelo público durante a mostra é Giallo, Reféns do Medo, de 2009, com ovencedor do Oscar Adrian Brody como protagonista.

por Janaina Pereira, do Rio de Janeiro

Até a Chuva, do diretor espanhol Icíar Bollaín, é o destaque do dia no Festival do Rio 2011. A trama é curiosa: a produção de um filme sobre Cristovão Colombo. Sebastian (Gael Garcia Bernal) é o diretor e  Costa (Luis Tosar) é o produtor. Eles levam sua equipe para gravar em Cochabamba na Bolívia, o cenário ideal sobre o descobrimento de terras sul americano por parte da Espanha, na exploração do ouro e na escravidão indígena.

Durante as filmagens, produção e elenco se envolvem nos conflitos da região, que envolve à privatização da água da cidade, vendida a uma multinacional. Os protestos diários se intensificam culminando na Guerra da Água, que aconteceu nde fato na cidade em 2000. E Sebastian e Costa acabam envolvidos no problema e não sabem se devem ou não terminar o filme. Até a Chuva foi selecionado para a mostra Panorama do Festival de Berlim 2011.

 

 

por Janaina Pereira, do Rio de Janeiro

 

O ator Williem Dafoe está no Rio para lançar O Caçador, A mulher, e O último dia na Terra, seus três mais recentes filmes, que estão sendo exibidos pela primeira vez no Brasil dentro do Festival do Rio 2011. Desfilando simpatia, Dafoe está acompanhado da esposa, a italiana Giada Colagrande (foto), que dirige A mulher.

Além de Dafoe, o Festival recebe esta semana o ator e diretor francês Mathieu Demy, filho de Jacques Demy e  Agnès Varda, dois dos maiores diretores do cinema europeu. Demy está no Rio lançado O Americano, seu longa de estreia na direção, onde também é o protagonista ao lado de Salma Heyek.

O destaque do dia na programação é o longa-metragem chileno Post Mortem do diretor Pablo Larraín, o único filme latino-americano em competição no Festival de Veneza 2010. O filme conta a história de amor fadada ao fracasso entre um funcionário de um necrotério e uma dançarina, no contexto do golpe militar no Chile em 1973, que derrubou o presidente Salvador Allende.

 

por Janaina Pereira, do Rio de Janeiro
 
 
O diretor australiano Bruce Beresford, que dirigiu o vencedor do Oscar de 1989 Conduzindo Miss Daisy, participa hoje à noite da sessão de gala do Festival do Rio 2011, de seu filme Paz, amor e muito mais, no Odeon, às 19h.

Beresford, que tem outro longa no Festival – O último dançarino de Mao – elogiou a atuação da protagonista de Paz, amor e muito mais, a veterana Jane Fonda, que voltou a atuar depois de longo tempo afastada.
 
“Achei que ela seria bêbada ou louca. E na verdade ela é uma atriz à moda antiga, muito profissional, sabe seus diálogos, é muito agradável com todos, chama cada um por seu nome”, revelou o diretor em entrevista exclusiva concedida ao Cinemmarte ontem à tarde no Hotel Windsor Atlântica, em Copacabana, onde está hospedado.
 
Em sua primeira visita ao Brasil, Beresford elogiou o Rio, e comentou que gosta muito do cinema brasileiro, especialmente de Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos. Sobre O último dançarino de Mao, seu outro filme no festival, ele revelou que achou a  autobiografia Li Cunxin, que viveu grandes aventuras e dramas tentando escapar da China, uma história bonita que merecia ser filmada.
 
“O desafio foi encontrar um bailarino chinês que podia atuar, dançar e falar inglês perfeitamente. Encontramos Chi Cao no Birmingham Royal Ballet”, revelou o simpático Beresford, antes de degustar um sanduíche à beira da piscina do hotel e concluir a entrevista revelando que estava muito feliz e honrado de lançar dois filmes no Festival do Rio. “É fantástico estar aqui, espero que o público goste dos filmes.”

 

por Janaina Pereira, do Rio de Janeiro
 
 
Com a presença do diretor Emanuele Crialese, o filme Terraferma, candidato italiano ao Oscar de melhor filme estrangeiro, será exibido nesta segunda, 10, no Odeon, às 19h, em sessão de gala. A trama, que gira em torno de uma família que, sem querer, abriga uma mulher africana que tenta imigrar para a Itália, causou comoção e revolta em sua exibição no Festival de Veneza, mês passado.
 
Parte da imprensa achou o filme tendencioso, dando um apoio explícito aos imigrantes ilegais. Outra parte apoiou Crialese, aplaudindo o diretor por sua coragem em abordar um tema delicado. No final das contas, o filme saiu com o Prêmio Especial do Júri e semanas depois foi anunciado como o indicado italiano ao Oscar.
 
O diretor, no entanto, sai pela tangente quando tenta explicar o roteiro. “O filme não fala de imigração. É a história de duas mulheres fortes que lutam por suas famílias. Na verdade, o movimento humano é o principal tema deste século. Desde 1900 há ondas gigantescas de movimentação pelo mundo. Mas, na época, a América precisava dos imigrantes. Agora é diferente. A Europa não precisa dos imigrantes. O filme aborda isso, essa coisa nova e contemporânea que não é imigração. Imigração é uma palavra que a imprensa gosta de usar”, disse Emanuele Crialese, em entrevista exclusiva ao Cinemmarte concedida no Armazém do Festival, na última sexta.
 
Outro destaque de hoje é o documentário sobre a banda Pearl Jam – Pearl Jam Twenty – que será apresentado em duas sessões no Kinoplex Leblon, às 14h e 19h.

Festival do Rio – Day 3

outubro 9, 2011

 

por Janaina Pereira, do Rio de Janeiro

O estilista Jean-Paul Gaultier está no Rio de Janeiro para apresentar o documentário homônimo que mostra um pouco de sua vida. Jean-Paul Gaultier, Quebrando as Regras, de Farida Khelfa, tem exibição de gala no Festival do Rio neste domingo, 9, às 20 horas, no estação Sesc Botafogo 1.

Gaultier chamou a atenção do mundo quando em 1990 criou o espartilho cônico usado por Madonna na turnê Blonde Ambition.Outro destaque do dia é a Premiere Brasil, no Odeon, com a exibição de Mãe e Filha, de Petrus Cariry.